Nos últimos 20 anos, a Constelação Familiar transcendeu os limites tradicionais da terapia, expandindo-se para diversas áreas profissionais. Esse método, originado como aconselhamento familiar, encontrou novos horizontes ao ser adotado por organizações, escolas e, de maneira especial, na medicina. As constelações sistêmicas com pessoas que possuem algum sintoma ou doença, emergem como uma promissora abordagem no campo da saúde.

Ao considerarmos os envolvimentos sistêmicos transgeracionais e as intricadas conexões com dinâmicas familiares, uma nova luz incide sobre o entendimento da saúde e da doença. As constelações de doenças e sintomas se revelam como faróis, iluminando uma abordagem mais integral para compreender aqueles que trazem consigo sintomas ou doenças.

No delicado trabalho de Constelação com sintomas e doenças, inserimos representantes para o próprio sintoma e para o doente. A observação atenta revela que esses representantes de estruturas abstratas, como doenças e sintomas, frequentemente ressoam com pessoas excluídas ou abordam temas sistemicamente relevantes, muitas vezes associados a tabus familiares.

Surge a intrigante impressão de que o doente, por meio de seus sintomas, evoca a lembrança da pessoa excluída. Num vínculo sutil de amor, o doente manifesta sintomas enquanto outros membros da família recusam ou reprimem o amor e o reconhecimento. A constelação da doença ou do sintoma, em conexão com o paciente ou a família, lança luz sobre essas conexões normalmente ocultas no vasto terreno do inconsciente.

É uma jornada fascinante que nos convida a explorar as profundezas da psique humana e a reconhecer os laços invisíveis que permeiam nossas vidas. A constelação sistêmica, nesse contexto, revela-se como uma ferramenta transformadora, trazendo à tona conexões antes veladas e oferecendo um caminho para a compreensão e alívio de muitos sintomas e doenças. É uma jornada de autodescoberta e reconhecimento, guiada pela luz da constelação sistêmica.

 

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